quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pequenas Profissões

A crônica, "Pequenas Profissões", se passa na cidade do Rio de Janeiro. As personagens principais são dois amigos que, caminhando pelas ruas da cidade, deparam-se com um cigano tentando fazer uma venda. Eduardo, o amigo do narrador, pergunta ao amigo se este havia admirado o negociante ambulante, que responde ter admirado um refinado vigarista. A partir desse evento eles engajam em uma conversa na qual Eduardo diz que a moral é uma questão de ponto de vista explicando que o cigano é apenas um exemplo de um exército de infelizes, a que as condições da vida ou do próprio temperamento, a fatalidade, enfim, arrasta muita gente. Após ter dito isso Eduardo conta a seu amigo sobre a realidade em que muitas pessoas vivem de profissões a que, geralmente, não damos valor mas que estão presentes e são realizadas pelas mais diversas pessoas e das mais diversas maneiras, as tais “pequenas profissões”. Ao final da crônica o autor nos mostra que o cigano vendia plaquê (imitação de ouro) como ouro de verdade e tenta fugir das pessoas que tomam conhecimento do fato e tentam persegui-lo. Após tudo isso, Eduardo sentencia:
"-Tu não conhecias as pequenas profissões do Rio. A vida de um pobre sujeito deu-te todos esses úteis conhecimentos. Mas, se esse pobre sujeito não fosse um malandro, não conhecerias da profissão até mesmo os birbantes.
A moral é uma questão de ponto de vista. Para julgar os homens basta a gente defini-los segundo os seus sucessivos estados.”


Seguem imagens sobre o trabalho em Brasília

"As pequenas profissões ignoradas. Decerto não conheces os trapeiros sabidos, os apanha-rótulos, os selistas, os caçadores, as ledoras de buena dicha." Trecho retirado da obra: "A Alma Encantadora das Ruas" de João do Rio, crônica: "Pequenas Profissões".

Muitas vezes percebemos apenas as profissões que possuem grande destaque em diversos meios.

"Brasília também tem suas pequenas profissões exóticas, produto da miséria ligada às fábricas importantes, aos adelos, ao baixo comércio." Trecho da obra: "A Alma Encantadora das Ruas" de João do Rio, crônica: "Pequenas Profissões", com pequena alteração de "O Rio..." para "Brasília...".

"Brasília pode conhecer muito bem a vida do burguês de Londres, as peças de Paris, a geografia da Manchúria e o patriotismo japonês. A apostar, porém, que não conhece nem a sua própria planta, nem a vida de toda essa sociedade, de todos esses meios estranhos e exóticos, de todas as profissões que constituem o progresso, a dor, a miséria as vasta Babel que se transforma. E entretanto, meu caro, quanto soluço, quanta ambição, quanto horror e também quanta compensação na vida humilde que estamos a ver." Mais uma vez, trecho da obra: "A Alma Encantadora das Ruas" de João do Rio, crônica: "Pequenas Profissões", com pequena alteração de "O Rio..." para "Brasília...".

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