Não me arrependo de meus atos. Se tivesse a chance, faria tudo outra vez evitando apenas a minha situação atual.
A história começa aos meus doze anos que foi quando me mudei, junto com minha mãe, para esta cidade, pois, na cidadezinha em que morávamos antes, estávamos passando por dificuldades. No começo, achei a cidade nova até legal, grande, pessoas diferentes entre outras coisas. Mas logo minha mãe percebeu que vida de cartomante em cidade grande era muito difícil.
Contudo, o tempo passou e ela conheceu um ex-detetive de polícia, primeiro fator que me levou à situação em que me encontro. Logo ele percebeu que eu era mais inteligente que a média, como dizem, um garoto prodígio. Mas evitava chamar qualquer tipo de atenção, coisa que ele considerava muito estranha. Deixei ele de lado, pois minha mãe gostava dele e ele até mesmo aturava o vício dela em chocolate. Esse foi, de fato, o meu único erro.
O tempo passou e as pessoas da cidade estavam desgostando cada vez mais da presença de uma cartomante na cidade. Até que chegou ao ponto de alguém ou mais de uma pessoa colocar fogo onde minha mãe trabalhava com ela ainda lá dentro, levando-a a morte. Quando as pessoa ficaram sabendo do fato, muitas o aprovaram, disseram que ela merecia isso. Foi nesse instante que decidi me vingar de toda a cidade.
Droga, estão quase conseguindo entrar no abrigo, sendo assim, não terei tempo para contar todos os detalhes de meu plano. Bem, para resumir, eu elaborei um esquema para explodir essa maldita cidade e ter minha vingança. Para poder executar o plano precisei de uns dois anos, como já estava na cidade há um ano, isso me leva aos meus quinze anos. Consegui armar todos os explosivos de que precisava para explodir a cidade inteira, mas não contava com o maldito ex-detetive. Como já mencionei ele sempre teve suas suspeitas com relação a minha pessoa, mas eu não esperava que ele ficasse tão obcecado comigo que fosse continuar de olho em mim mesmo eu tendo virado órfão e não ter o apoio de ninguém. Mas, agora que penso no assunto, é provável que o fato de eu ter perdido tudo tenha feito com que ele ficasse realmente preocupado com a possibilidade de eu fazer algo desse tipo. Enfim, no esquema original eu já estaria fora da cidade muito antes das explosões começarem, mas como ele descobriu alguns detalhes do meu plano acabei ficando preso na cidade, falando nele...
- Desista Will, acabou!
- Você acha mesmo? Porque na minha opinião, eu ainda consegui fazer a grande maioria do que pretendia, enquanto você só conseguiu descobrir meus objetivos recentemente e não pôde fazer muita coisa para me impedir.
- Você ficou louco!? Eu estou aqui com reforços, e você, está numa sala sem saída alguma além da porta atrás de mim. Definitivamente acabou, não tem escapatória.
- E quem falou em escapar? Escapar era apenas a menor das minhas preocupações, o que eu realmente quero é ter a minha vingança contra a cidade que matou a minha mãe. E eu conseguirei isto, basta você olhar bem à sua volta, me diga, o que você vê?
- Will... você enlouqueceu!? Você irá condenar a todos nós se detonar estes explosivos. Vamos, ainda podemos resolver tudo isso, ninguém além de mim sabe quem está aqui, podemos resolver isso e você será livre para fazer o que quiser.
- Como eu disse anteriormente, não se trata de liberdade, enquanto você vê explosivos que irão nos condenar, eu vejo uma chance de fazer com que esta cidade pague pelo que fez. Se eu for condenado por isso, que seja, eu estou em paz.
- Pense bem, acha mesmo que sua mãe gostaria disso? Acha que ela se sente bem com o que você está fazendo?
- Ela não pode sentir nada! Ela está morta! Bem, se você não tem mais nada a dizer... Estamos resolvidos, diga adeus à cidade, e, como iremos morrer no processo, pode aproveitar para dizer adeus ao mundo.
- Will, por favor, eu te imploro, não faça isso.
- Esqueça, eu já me decidi, adeus Marsthon.
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